terça-feira, 29 de agosto de 2017

Não Conformidades - O que mudou?

Com a publicação da nova versão da norma houve algumas alterações ao nível do requisito das Não Conformidades. Contudo parece-me que a interpretação destas alterações não é ainda de todo consensual. 


Então, o que muda?

Segundo a ISO 9001:2008, o tratamento de uma Não Conformidade é, em linhas gerais, o seguinte:



Contudo, com a revisão da norma temos algumas alterações: 



* este passo evidencia a o reconhecimento de que nem todas as falhas podem apresentar o mesmo nível de risco

Ora bem, de acordo com a minha interpretação a grande diferença está relacionada com o pensamento baseado em risco. Ou seja, ao analisar a NC não podemos deixar de pensar de que forma uma falha poderá afetar o Riscos ou as Oportunidades, bem como o próprio sistema e respetivo planeamento. Mas até aqui parece-me consensual.

** Contudo parece-me que no ponto da Definição de Ações Corretivas, já não é a mesma coisa... 
Durante muitos anos a Não Conformidade foi tratada com o desenvolvimento de Ações Corretivas (podendo a correção ser ou não aplicável). Mas o que é agora dito, de forma clara (na minha opinião ☺), é que a ação corretiva é definida e implementada, sempre que necessário. Ou seja, pode não ser necessário implementar uma Ação Corretiva.


Se não, vejamos o requisito:

"10.2.1 
(...)
b) avaliar a necessidade de ações para eliminar as causas da não conformidade, de modo a evitar a sua repetição ou ocorrência em qualquer lugar (...)"


Na minha opinião parece-me que esta alteração vai no sentido de reforçar o registo de todas as falhas identificadas, sejam elas pontuais ou não. Em situações em que, após análise, se verifique não ser passível de repetição ou re-ocorrência, poderá eventualmente ser dispensável a definição de uma Ação Corretiva (e consequente avaliação da eficácia).

Não sei se esta é a melhor interpretação, ou sequer a mais correta. Mas é ainda assim uma opinião válida, desde que bem fundamentada! 




Até breve!




sexta-feira, 25 de agosto de 2017

Gestão de Riscos - Animação :)

A Gestão de Riscos é um tema que atormenta atualmente muito Gestor da Qualidade. 
Há várias metodologias já testadas para gestão de riscos, uma mais complexas, outras mais simples, mas que respondem da mesma forma ao requisito 6.1 da ISO 9001:2015. 
Fundamentalmente teremos que identificar o contexto da empresa, e identificar os riscos que poderão afetar o seu negócio, ou a forma como presta o serviço. 
Para quê? 
Para os minimizar, eliminar, mitigar, ou simplesmente optar conscientemente por viver com eles. Mas claro que esta decisão terá que ter em conta o nível de risco. 


Por exemplo, valerá a pena correr um risco para conseguir um novo negócio? Se o risco tem um nível baixo, certamente que sim. Mas se ele compromete a continuidade da sua empresa, talvez não justifique correr o risco para conseguir um novo negócio....

Basicamente é isto que a ISO 9001:2015 nos diz. Pense no risco. Saiba que riscos afetam o seu negócio e considere-os quando planear o seu sistema!

E o rato? 



O rato arriscou! Afinal era cá um pedaço de queijo! .... :)

Veja o vídeo aqui!

quarta-feira, 23 de agosto de 2017

A Importância da Comunicação # 3

A comunicação é importante na nossa vida pessoal, em qualquer função, e em qualquer empresa. Só quando comunicamos de forma adequada é que diminuímos a probabilidade de interferências na nossa mensagem, proporcionando o sucesso da sua receção e interpretação.

Este foi um tema já abordado aqui no blog anteriormente, e hoje voltamos ao tema com mais umas dicas!

Mas antes de avançar, leia os posts anteriores sobre comunicação.

A importância da comunicação 1: aqui
A importância da comunicação 2: aqui





Avaliação das respostas às mensagens


Então como podemos identificar o nível de recetividade dos outros às mensagens?

As pessoas recetivas mostram-se relaxadas. As suas mãos estão abertas, com as palmas visíveis, como a indicar que estão disponíveis para conversar. Têm tendência em inclinarem-se para a frente (mesmo estando sentados ou de pé).

As pessoas que não estiverem recetivas, frequentemente encostam-se na cadeira ou podem cruzar os braços à sua frente como a criar uma barreira entre si próprio e o orador.

Verifique agora alguns dos indicadores, positivos e negativos, associados a determinados tipos de linguagem corporal:





Veja também alguns sinais de aceitação ou aborrecimento:



Quando o nosso interlocutor, ou público, começa a mostrar sinais de aborrecimento, ou se apresentar sinais de resistência, podemos ser tentados a avançar mais rápido ou a falar mais alto do que o normal. Contudo, a melhor maneira de lidar com esta situação é partilhar que a falta de atenção deles foi notada e tentar perceber o motivo de tal reação. Na sequência desta intervenção, e em função do feedback obtido, poderá fazer sentido fazer uma pausa, pedir uma intervenção mais ativa do público, alterar o tom de voz, etc. 

Ou seja, é fundamental estar atento ao feedback da comunicação, pois só assim poderemos ir ajustando a forma como estamos a comunicar, adaptando-a ao nosso interlocutor, e assim contribuir para a eficácia e sucesso da mensagem!