sexta-feira, 10 de julho de 2015

ISO 9001 - Última fase da revisão

A ISO 9001 entra na última fase de revisão. Fique a par das novidades no site da ISO.


Esta é a última fase antes da publicação oficial que deverá acontecer ainda este ano.
Já começou a preparar-se para as mudanças que aí vêm?

Para mais informação sobre a nova ISO 9001 consulte também estes posts:

NOVOS REQUISITOS PARTE 1


NOVOS REQUISITOS PARTE 2



NOVOS REQUISITOS PARTE 3



NOVOS REQUISITOS PARTE 4




quinta-feira, 9 de julho de 2015

Regras

Encontrei esta pérola no quarto da criança. Uma grande verdade com várias aplicações!
Trascrevendo:

"Regras"
"1- Não ficar histérico;"
"2- Não me armar em esperto."

Fundamental! Na vida de uma criança e na vida de um gestor de processo...

Haha!

Afinal a Qualidade está em todo o lado e não devemos diferencia-la! ;)


terça-feira, 16 de junho de 2015

Não Conformidades - Como tratar de vez?

Este é um tema sempre sensível nas organizações. Às  vezes parece que temos o problema resolvido,  mas ficam "pontas soltas" por resolver noutro lado. Isto é  um sinal de que algo não está a ser bem feito.
Será que estamos a fazer uma correta análise das causas?
Muito provavelmente, não...
Ou será o plano de ação que não está a ser corretamente conduzido?
Há uma forte probabilidade!
Pois é.  Para tratar uma não conformidade  (que carinhosamente vamos designar de NC), há várias coisas que precisam ser feitas:
1° e até mesmo antes de registar a NC, corrigir o erro.
Por exemplo: alguém deixou a porta do frigorífico aberta. Assim que você percebe,  vai imediatamente fechar a porta. 
Mas no dia seguinte,  a porta está novamente aberta....
Então vamos registar a NC.
Muito bem,  agora é o momento de analisar o que motivou esta situação utilizando, por exemplo,  a TÉCNICA DOS 5 PORQUÊS!
Esta técnica consiste em fazer até fazer cinco vezes a pergunta "Porquê?". Respondendo a cada pergunta de forma assertiva e voltando a colocar novamente a pergunta,  conseguimos facilmente identificar a causa raiz do problema.
Esta técnica pode ser utilizada individualmente ou em grupo.
Vamos continuar no nosso exemplo:
- Porquê que a porta ficou aberta?
Porque quem saiu não sabia que a deveria ter fechado.
- Porquê que não sabia que devia fechar a porta?
Porque não havia nenhuma indicação.
A ISO 9001 indica que as instruções e procedimentos devem estar acessíveis para as funções relevantes.
A instrução até pode existir,  mas se não estiver colocada em local visível de quem sai do frigorífico,  dificilmente será seguida!
Neste caso a causa raiz da não conformidade seria a ausência de instrução em local acessível.
O PLANO DE AÇÃO  deverá ser direccionado à origem do problema.  Provavelmente passaria por afixar a instrução em local visível.
Depois de concluído o plano de ação, é  necessário validar a eficácia,  isto é,  verificar se a NC se volta a repetir!
Caso ela não se repita,  então a nossa ação foi eficaz e podemos dar a NC como encerrada!

Nesta altura é importante perceber se há a necessidade de divulgar ou padronizar a informação. Partilhar com outras equipas ou verificar se há outras situações semelhantes que poderão ser melhoradas. 

Tenha sempre este ciclo em mente e verá que as não conformidades serão mais fáceis de tratar! 

Imagem de www.qualiex.com.br.

domingo, 14 de junho de 2015

Qualidade, documentos, motivação e cultura

A gestão documental e de registos é  para mim um dos requisitos mais difíceis de cumprir em gestão da qualidade.
Talvez esta seja até uma questão cultural e de método de trabalho,  ou talvez seja uma questão de sensibilização para a ISO 9001. Ou serão as duas?

O que é certo é que há empresas onde o hábito de documentar e registar o que se faz está mais no "sangue" do que em outras.  E quando não está, nem sempre é fácil criar esta rotina.  Pelo menos de forma duradoura!

Há quem diga que Qualidade é fazer as coisas bem feitas mesmo que ninguém esteja a ver. 

E é isso mesmo! 

Mas o que me apercebo em 99% das vezes é que isso só acontece por dois motivos:

- Porque posso ser punido se não fizer (reforço negativo);

- Porque vou ganhar alguma coisa com isso (reforço positivo).

Ou seja,  raras vezes a motivação é intrínseca. E este é o principal problema!  É por este motivo que deixamos de o fazer à primeira oportunidade,  ou a partir do momento em que nos apercebemos que os reforços  (positivos e negativos) desapareceram.

Gerir qualidade é gerir cultura organizacional.  Para que o Sistema de Gestão da Qualidade entre no ADN da empresa,  é preciso tempo,  muito trabalho e persistência.

Por isso,  habituar as pessoas a gerir e controlar documentos e registos é algo que deve ser feito todos os dias. 
Falado todos os dias. 
Referida a importância todos os dias.
Reforçado todos os dias.
E isto compete não só ao gestor da qualidade,  mas acima de tudo à gestão de topo através de uma liderança forte.

segunda-feira, 1 de junho de 2015

Transição para ISO 9001:2015

Estará mesmo preparado para receber a nova norma?

Já fez a sua Gap Analysis? Pode ser um bom ponto de partida!

Com base nos requisitos da atual norma (ISO 9001:2008), faça um levantamento do seu Sistema de Gestão da Qualidade. 

Seja crítico com o que tem e o que não tem.

Depois faça um novo levantando de informação com base nos requisitos da ISO 9001:2015.

Analise os resultados.  Por exemplo: neste momento tem um representante da gestão. Tudo indica que com a revisão da ISO 9001 esta figura deixará de ser obrigatória. Isto significa que pode optar por mante-la, se entender que é benéfico para a empresa,  mas pode também eliminá-la.

Atualmente trabalho com um empresa em que não me parece boa estratégia abandonar essa figura neste momento.  É uma figura de peso nas decisões do sistema, e com uma visão muito focada.

Por esse motivo,  neste caso concreto não me parece uma mais-valia eliminar esta figura. Contudo, se na sua empresa os gestores de processo são autónomos,  com iniciativa, orientados para os objetivos e conhecedores dos requisitos na norma, não vejo porque não eliminar a figura de representante pela gestão.

Será importante fazer este raciocínio para todos as outras obrigatoriedades que deixaram de o ser. Perceber se é algo que traga uma mais valia,  ou não acrescenta qualquer valor ao sistema. Se for este o caso, porque não eliminar?

Depois há os novos requisitos! Como por exemplo o Pensamento Baseado em Risco.  Apesar de na ISO 9001:2015 não ser sugerida uma metodologia de identificação e tratamento, vale a pena pensar nisso.  Perceber como fazer para um correto levantamento dos riscos e como trata-los depois de identificados.

Assim que concluir o seu Gap Analysis estará em condições de fazer um planeamento da transição. 

Defina um cronograma com as várias fases da transição, estabeleça prazos para cada fase e vá  acompanhando o decorrer das atividades.

Após a publicação oficial da nova ISO 9001, que deverá ocorrer em Setembro de 2015, teremos 3 anos para concluir a transição.  Mas o tempo voa, e nada melhor que começar a planear a mudança.  Até mesmo para estar mais apto para responder e defender o seu sistema perante os auditores. 

Bom trabalho!! :)

quinta-feira, 28 de maio de 2015

Qualidade & Motivação

Faz todo o sentido. Não estamos sozinhos no mundo.  Precisamos dos outros tal como os outros precisam de nós. 
E só assim podemos crescer.
E só assim podemos em equipa fazer a nossa empresa crescer...




sexta-feira, 10 de abril de 2015

Perigos vs Riscos? I Love Mondays explica. ..

A nova ISO 9001 vem introduzir a noção de risco na gestão estratégica da empresa. 
Para perceber melhor a diferença entre estes dois conceitos, entre neste link:


quinta-feira, 26 de março de 2015

Novos requisitos da nova ISO 9001 (2015) – Parte 4/4



Bem, e chegamos finalmente à última de 4 partes da descrição dos requisitos da nova ISO, e apresentação das principais alterações identificadas.

Leu os posts anteriores?

Se não, aqui ficam eles!
9 – Avaliação de Desempenho

9.1 Monitorização, Medição, Análise e Avaliação
     9.1.1 Generalidades
     9.1.2 Satisfação do Cliente
     9.1.3 Análise e Avaliação

9.2 Auditoria Interna

9.3 Revisão pela Gestão


10 - Melhoria

10.1 Generalidades

10.2 Não Conformidade e Ação Corretiva

10.3 Melhoria Contínua




Espero que, tanto como a mim, estes 4 post tenham ajudado a organizar e a planear a transição para a nova ISO.


Leia também sobre a revisão da ISO 9001:


Já conhece a ISO 9001 : 2015 ?

Gestão de Risco na LEGO



quarta-feira, 25 de março de 2015

Novos requisitos da nova ISO 9001 (2015) – Parte 3/4



Continuo a apresentar uma breve descrição das principais alterações identificadas em cada requisito.
Partimos agora para o GIGANTE requisito 8.

8 Operação

8.1 Planeamento e Controlo Operacional

8.2 Determinação de Requisitos de Produtos e Serviços
     8.2.1 Comunicação com o cliente
     8.2.2 Determinação de requisitos relacionados com produtos e serviços
     8.2.3 Revisão de requisitos relacionados com produtos e serviços

8.3 Conceção e Desenvolvimento de Produtos e Serviços
     8.3.1 Generalidades
     8.3.2 Planeamento da Conceção e Desenvolvimento
     8.3.3 Entradas para a Conceção e Desenvolvimento
     8.3.4 Controle da Conceção e desenvolvimento
     8.3.5 Saídas da Conceção e Desenvolvimento
     8.3.6 Alterações da Conceção e Desenvolvimento

8.4 Controlo de Produtos e Serviços adquiridos externamente
     8.4.1 Generalidades
     8.4.2 Tipo e extensão do controlo para provisão externa
     8.4.3 Informações para fornecedores externos

8.5 Produção e Prestação do Serviço
     8.5.1 Controlo da Produção e Prestação de Serviço
     8.5.2 Identificação e Rastreabilidade
     8.5.3 Propriedade do Cliente ou Fornecedores Externos
     8.5.4 Preservação

8.5 Produção e Prestação do Serviço
     8.5.5 Atividades de Pós Entrega
     8.5.6 Controlo de Mudanças

8.6 Entrega de Produtos e Serviços


8.7 Controle de Não conformidades das saídas dos processos, produtos e serviços


Requisitos 9 e 10 no próximo post!


terça-feira, 24 de março de 2015

Novos requisitos da nova ISO 9001 (2015) – Parte 2/4



No post anterior comecei uma breve descrição dos novos requisitos da ISO apresentando também um resumo das principais alterações.

Continuamos agora com o requisito 6.

6 – Planeamento do Sistema de Gestão da Qualidade

6.1 - Ações para abordar Riscos e Oportunidades

6.2 - Objetivos da Qualidade e planeamento para o seu cumprimento

6.3 - Planeamento de Mudanças


7 Suporte

7.1 Recursos
     7.1.1 Generalidades
     7.1.2 Pessoas
     7.1.3 Infraestrutura
     7.1.4 O ambiente das operações de processos
     7.1.5 Recursos de Monitorização e Medição
     7.1.6 Conhecimento Organizacional

7.2 Competência

7.3 Consciencialização

7.4 Comunicação

7.5 Informação Documentada
     7.5.1 Generalidades
     7.5.2 Elaboração e atualização
     7.5.3 Controlo da Informação Documentada



Continue a acompanhar... 

segunda-feira, 23 de março de 2015

Novos requisitos da nova ISO 9001 (2015) – Parte 1/4


A preparação continua... :)
Hoje vou começar a descrever de forma geral os novos requisitos da nova ISO, bem como as principais alterações identificadas em cada um deles. 
Este post é a primeira, de 4 partes.


Esta será a Estrutura Geral:

1 Âmbito
2 Referências Normativas
3 Termos e Definições
4 Contexto da Organização
5 Liderança
6 Planeamento
7 Suporte
8 Operação
9 Avaliação de Desempenho
10 Melhoria


Apresentações feitas, comecemos então pelo requisito 4:

4 Contexto da Organização
4.1 Compreender a organização e o seu contexto
4.2 Compreender necessidades e expectativas das partes interessadas
4.3 Determinar o âmbito do Sistema de Gestão da Qualidade
4.4 Sistema de Gestão da Qualidade e Processos



5 - Liderança
5.1 Liderança e Comprometimento
     5.1.1 - Liderança e Comprometimento para o Sistema de Gestão da Qualidade
     5.1.2 – Foco no Cliente
5.2 Política da Qualidade
5.3 Funções organizacionais, responsabilidades e autoridades



Aguardem... Virão mais posts! :)


domingo, 22 de março de 2015

Gestão de Risco na LEGO

Com a revisão da ISO 9001 que se avizinha, é cada vez mais presente a preocupação do raciocínio baseado em risco.
Para quem, como eu, não tem ainda os riscos claramente identificados, torna-se ainda mais preocupante e premente.... Por esse motivo tenho procurado alguma informação e boas práticas na internet para que me possa ir preparando!

Aqui fica um vídeo muito interessante sobre a empresa LEGO. :)



quarta-feira, 18 de março de 2015

Plano de Controlos

Se sou menina para me atravessar com uma cartografia de riscos (veja aqui o artigo), porque é que não hei-de implementar também um plano de controlos?



Assim uma coisa à séria!

Lá na empresa a nossa área operacional funciona num ambiente semelhante ao de um Call Center, pelo que me parece bastante importante avaliar a forma como os contactos telefónicos são realizados, e também os registos que decorrem do contacto. 

A Qualidade é efetivamente um MUNDO! :) E o que mais me fascina é que podemos "meter o nariz" em todas as áreas! É muito interessante quando nos colocamos "nos sapatos" do outro, e vemos as coisas de outra perspectiva!

A função de Gestora da Qualidade é uma aprendizagem constante, e evoluir para uma cenário de controlos.... ainda será mais! :)

10 pontos fundamentais para definir bons indicadores de performance



O que indicam os seus indicadores de performance?

O requisito 8.2.3 da ISO 9001:2008 diz-nos que a organização deve aplicar métodos apropriados para a monitorização dos processos do SGQ. E ainda nos diz que quando os resultados planeados não são atingidos, devemos correções ou ações corretivas, conforme apropriado.

Há muitas vezes a ideia (errada) que os bons indicadores são aqueles que estão sempre acima do objetivo. Mas assim… em que é que estes indicadores vão contribuir para a melhoria da performance do processo.

Então o que é necessário para definir um bom indicador?

Na minha opinião há 10 pontos fundamentais que devem ser assegurados:

1. Propósito do Indicador: Minimizar o tempo de resolução de problemas técnicos;

      2. Nome do Indicador: Tempo de reposta a pedidos de suporte;

3. Fórmula: número de respostas dentro do prazo definido  / número total de respostas;

4. Meta: resultado a atingir  => 85%;

5. Frequência: Mensal;

6. Responsável pela medição: gestor do processo;

7. Fonte de Dados: report da aplicação de gestão de tickets;

8. Quem atua em caso de desvios: gestor do processo;

9. Que ações são possíveis: Se o resultado for inferior a 75% analisar cada pedido de suporte individualmente por forma a identificar o que esteve na origem do desvio. Deverão ser propostos planos de ação, conforme adequado.


Espero que este artigo ajude a definir indicadores que possam ser úteis na tomada de decisão e implementação de ações de melhoria.

terça-feira, 3 de março de 2015

Período de transição nova ISO 9001:2015 confirmado!

O IAF (International Accreditation Forum) publicou um documento que vem confirmar o período de transição da ISO 9001:2008 para a ISO 9001:2015.  Tal como especulado, está confirmado que teremos três anos para fazer a transição. 

O documento foi emitido a 12 de Janeiro deste ano, e podem consultá-lo aqui.

Esta é uma alteração significativa dos requisitos da norma, pelo que será necessário algum tempo de preparação por parte de todos os profissionais da área.

Consulte também outros artigos do blog sobre a revisão da ISO 9001:



domingo, 1 de março de 2015

Quando devo começar a estudar a nova ISO 9001?

Eu diria … 


A ISO 9001 estabelece os requisitos para implementação de um Sistema de Gestão da Qualidade. É uma normal certificável, e a norma mais certificada em todo o mundo! Em cada nova revisão a norma segue as melhores tendências e práticas de gestão do mundo. (Se ainda não leu, veja agora o artigo sobre a Evolução da ISO).

Por isso, apesar de ainda ter algum tempo até à transição para a nossa norma, porque não começar já a estudar e a inteirar-se de temas como:
  • Gestão de Risco
  • Abordagem por processos
  • PDCA
  • Análise de Contexto Externo e Interno
  • Gestão do Conhecimento
  • Melhoria,

entre outras inúmeras práticas de Sistemas de Gestão da Qualidade.


Esta é uma recomendação que instituições como a ISO, IRCA e CQI têm deixado a todos os profissionais desta área!

Então, bom estudo!!

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Evolução da ISO 9001


Todas as ISO são revistas a cada 5 anos com o objetivo de determinar se existe a necessidade de uma nova publicação da norma, ou não.

A nova ISO 9001 pretende acompanhar novas tendências de gestão e tornar-se compatível com outras normas, como a ISO 14001 (Gestão Ambiental)


Analisando o histórico de revisões é possível identificar alguns pontos de maior alteração em cada uma.

A ISO 9001 foi criada em 1987. Começou com uma abordagem muito focada na elaboração de procedimentos.

Mais tarde, em 1994 a revisão da norma veio dar um enfoque maior na definição de Ações Preventivas, com o objetivo de minimizar a existência de não conformidades no produto ou produto não conforme.

Em 2000 a evolução chegou a um patamar diferente que pretendia efetiva melhoria contínua dos processos por parte das organização. Foi introduzida a lógica de processo, que organiza as atividades da empresa por áreas funcionais, se assim lhe posso chamar, e consequente acompanhamento através da metodologia PDCA (Plan-Do-Check.Act). Esta alteração manteve-se na revisão de 2008.

Por último, e o que se pretende com a nova ISO com publicação prevista para Setembro/Outubro deste ano, é o enfoque na gestão de risco e oportunidades. 

Para saber mais sobre esta revisão leia também este artigo.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Muito desgaste sem planeamento...

Certamente já ouviu falar no ciclo PDCA (Plan-Do-Check-Act)

Não?

Veja o vídeo e falamos novamente mais tarde! :)

Se já conhece, então desfrute desta animação!


Já conhece a ISO 9001 : 2015 ? - Parte 2

Muito se tem comentado sobre esta revisão. E é importante que, com base na DIS já disponível da norma de comece a preparar para a mudança!

Consulte o meu post anterior sobre a nova ISO 9001:2015 aqui.



Desta vez vou apenas fazer um apanhado daquilo que não precisará fazer para responder à ISO 9001.

Rever todos os procedimentos no sentido de adequar a numeração de requisitos, ou mudar os termos que foram alterados, etc...
No item 0.1 Generalidades do DIS, a ISO deixa claro que não é seu objetivo estabelecer uniformidade na documentação de acordo com a estrutura da norma ou impor a utilização de termos específicos.

Deixar "cair" procedimentos ou manuais em vigor. Ainda que a nova norma já não o exija, se eles estão bem implementados e constituem uma boa base para transmissão da informação, não os elimine, pois corre o risco de deixar os colaboradores "perdidos".

3º 
Eliminar a função de Representante da Gestão. Pode manter essa função, se isso se tem revelado uma mais-valia para o crescimento do seu sistema. De acordo com o requisito 5.1, a partir da nova versão, muitas responsabilidades serão atribuídas diretamente aos membros da gest\ao de topo.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Auditorias Internas

Para alguns esta já é uma rotina habitual, para outros nem por isso. O stress é tanto que não dormimos bem nas noites anteriores à chegada dos auditores. A verdade é que se alguma coisa corre mal, parece que a responsabilidade é sempre do Gesto da Qualidade. Se durante todo o ano ninguém quer saber do "chato" da qualidade, em véspera de auditoria viramos SEMI-DEUSES!!! 



1º - Organização

Para mim, o principal fator para que tudo corra bem, é ter tudo atualizado e organizado. O auditor tem que ver registos, exemplos, casos práticos... Não é (de todo!) boa política guardar registos no email, por ex. A ISO 9001 até nos diz que os registo deve estar prontamente identificáveis. Por isso não é aceitável demorar 1h à procura de um documento solicitado pelo auditor. Por isso, o primeiro passo é: ARRUMAR A CASA!!

2º - Comunicação

Todos nós sabemos como a "Rádio Alcatifa" funciona bem, principalmente quando não deve! Mas quando as pessoas não sabem exatamente o que vai acontecer, ficam ansiosas e tendem a falar com os colegas sobre o assunto. Acontece que há sempre uns espertalhões, que apesar de saberem tanto como os primeiros, gostam de apimentar a coisa e começar a dar largar à imaginação. Por isso minimizem o risco de criatividade por parte dos colaboradores, por falta de informação. Por vezes um comunicado é suficiente. E não é preciso dizer muito. Façam por exemplo umas FAQ'S. Escrevam as perguntas mais frequentes e coloquem as respostas que vocês gostariam de transmitir a cada um. Aquilo que gostariam que ele soubesse quando estiver com o auditor. O tempo é curto, e parece que nunca chega para ler aquele procedimento transversal, ou dar uma olhadela na Política da Qualidade. Por isso diga-lhe exatamente aquilo que cada um deve mesmo que conhecer!

3º - Reunião Preparação Auditoria

Se sentir necessidade, faça um briefing com os colaboradores mais envolvidos com o Sistema de Gestão da Qualidade, por exemplo, a gestão de topo e os gestores de processo. Partilhe as questões que habitualmente os auditores colocam, e o que eles habitualmente procuram saber. Ajude-os a preparar-se para que tudo corra bem no grande dia.

4º Responda Objetivamente

O auditor quando entra na empresa já sabe exatamente aquilo que quer ver. Já tem a maior parte das questões preparadas em função do tempo que dispõe. Por isso responda apenas à questão que o auditor lhe coloca. Nem mais nem menos. Mas mostre-se disponível para responder a outras questões e mostrar evidências. Esta postura demonstra transparência. Os auditores por vezes parecem ter uma visão RX, e quanto mais tentamos evitar determinada informação, mais eles se vão aperceber e vão querer perceber porquê...... 

5º Dê Feedback

Quando tudo terminar, não se esqueça de agradecer a colaboração de todos , aproveitando para lhe dizer como correu!
E já agora aproveite para registar as "learned lessons". Registe aquilo que correu bem e o que correu menos bem. No momento de preparação para a próxima auditoria essa informação será extremamente valiosa!!

Et voilá! Boas auditorias!!



terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Uma Revisão pela Gestão


A Revisão pela Gestão ou Análise Critica pela Direção (conforme versão brasileira da norma) é A OPORTUNIDADE para melhorar o Sistema de Gestão da Qualidade! É trabalhoso é certo! Mas também é gratificante acompanhar a evolução! E não tem necessariamente que ser uma daquelas reuniões que toda a gente foge! Não sei quanto a vocês, mas eu pessoalmente não acho boa política fechar todos os intervenientes numa sala o dia todo e rever nesse momento tudo. NINGUÉM MERECE!! Então as coisas acontecem de forma gradual, em várias reuniões, mas controlado por um cronograma preparado para o efeito, para evitar que atrasos de tal ordem que quando terminarmos já esteja na altura de começar a revisão seguinte!!!

Então como é que nós fazemos por aqui?

Para começar, e para não me perder, começo por organizar os temas que serão alvo de análise, conforme Entradas na ISO 9001:2008:

  1. Resultado de Auditorias Internas
  2. Retorno da Informação do Cliente
  3. Desempenho do Processo e Conformidade do Produto
  4. Estado das Ações Preventivas e Corretivas
  5. Seguimento das Ações Resultantes de Revisões Anteriores
  6. Alterações que possam afetar o SGQ
  7. Recomendações para Melhoria


De seguida são agendadas reuniões de análise prévia com cada gestor de processo (o objetivo é fornecer/relembrar tudo o que ele deve analisar). Nesta altura é acordado um deadline para o retorno da informação.
Esta parte corresponde ao item “C” das entradas.

Simultaneamente vou compilar outra informação necessária: dados de auditoria (A), monitorização da satisfação do cliente (B), acompanhamento dos planos de ação (D), ponto de situação dos planos de ação definidos na revisão anterior (E), e outras informações que possam afetar o SGQ (F) ou recomendações de melhoria (G).
E aqui aproveito para formalizar todas aquelas ideias que muitas vezes comentamos, mas que pelas mais variadas razões acabam por ir sendo adiadas, ou mesmo esquecidas, e nunca acontecem!!

Depois é só enviar tudo para a Gestão de Topo e esperar pela resposta!

Eu tenho muita sorte por ter um Representante pela Gestão muito organizado, e por isso devolve um comentário para cada sugestão enviada. Isto vai depois facilitar (e muito) o trabalho de definição dos planos de ação!

No fim, e depois das decisões tomas pela direção, é preparada a ata (seguindo as Saídas previstas na ISO 9001:2008) e partilhada a informação com todos os intervenientes!
A partir daqui é só inserir no mapa de Planos de Ação e ir “cobrando” para assegurar que todos os prazos são cumpridos!


É trabalhoso, é uma data importante, mas não tem que ser complicado!!